Para o sucesso de qualquer projecto / produto é importante submeter o mesmo a um conjunto de testes que averiguem se o mesmo cumpre os objectivos para que foi concebida, qualquer que seja o browser / sistema operativo utilizado ou o utilizador que a ela queira ter acesso.
Na plataforma do Projecto Eurágora vamos realizar os seguintes testes: compatibilidade, segurança, usabilidade e acessibilidade.
Funcionalidade
Os testes de funcionalidade são fundamentais para garantir que a plataforma cumpra todos os objectivos para que foi criada sem erros.
Estes testes foram também sendo executados pelo grupo ao longo do desenvolvimento do projecto, de forma a ir validando os módulos que iam sendo concluídos.
A técnica de teste é, assim, a técnica de regressão: as funcionalidades vão sendo testadas e corrigidas sucessivamente, pondendo voltar a corrigir erros que já haviam sido detectados.
A técnica de recolha de dados a utilizar é a observação e registo directo: as funcionalidades são detectadas e imediatamente registadas para serem depois acrescentadas à calendarização para futura correcção. Serão registadas numa tabela semelhante à usada para o teste de compatibilidade, com a mesma grelha de avaliação de prioridade a usar no teste de compatibilidade (ver m
Conteúdos
Uma vez que os conteúdos primordiais são inseridos pelos utilizadores e os conteúdos inseridos pelo grupo são mínimos, não haverá um teste específico para este parâmetro.
Design
O teste relativo ao design da plataforma deve ser realizado antes da execução da mesma, e assim este ocorreu na entrega da especificação gráfica através de peer review: um especialista da área, no caso, o professor Pedro Amado, que validou o design concebido para a entrega da TP4.
Compatibilidade
Os testes de compatibilidade já têm sido feitos ao longo de todo o desenvolvimento da plataforma web, principalmente nos browsers Firefox e Google Chrome / Rockmelt. Nesta fase é importante verificar com mais atenção algumas pequenas variações que possam ocorrer, nomeadamente a nível do layout da página, assim como testar no brower Safari e nas diferentes versões o Internet Explorer
Para além dos Browsers,o grupo testou também em diferentes sistemas operativos, nomeadamente Windows XP, Vista e 7 e MacOS X Snow Leopard.
O objectivo é verificar a consistência da plataforma nas tecnologias em que será maioritariamente visualizada, garantindo o seu pleno funcionamento.
Notamos que a nível de sistemas operativos, e tendo em conta que as funcionalidades da plataforma são comuns a qualquer outra, não há qualquer diferença no seu uso. Assim, debruçamo-nos apenas na questão dos browsers.
Para a concretização desses testes, utilizaremos a técnica de unit testing com recolha de dados com recurso a uma grelha de registo, em que listamos os parâmetros a ser avaliados em cada browser / SO, aos quais atribuímos um valor de 1 a 3 (em que 1 determina que o aspecto avaliado não está operacional ou com vários problemas; o 2 significa que tem alguns erros importantes a corrigir e 3 que está com um funcionamento totalmente satisfatório, ou com pequenas imperfeições a melhorar). É deixado também um espaço para colocar exactamente que erros / falhas foram encontradas.
Uma vez que a maioria dos problemas encontrados são relativos à formatação das páginas, registamos com mais detalhe os parâmetros de CSS a avaliar.
Este teste será levado a cabo pelo próprio grupo de trabalho.
Segurança
Uma vez que a nossa plataforma terá uma grande componente de participação, é importante que a segurança dos dados dos utilizadores seja assegurada, e que a plataforma demonstre robustez face a ataques à integridade da mesma.
Para isso, vamos também recorrer a unit testing, com dois métodos de recolha de dados.
Em primeiro lugar, vamos seguir também uma tabela de registo a publicar posteriormente em que determinamos scripts a implementar no formulário de contacto, de forma a perceber o comportamento da plataforma face a intrusões de PHP e SQL.
Uma segunda fase consiste não exactamente num teste à nossa plataforma em particular, mas sim numa pesquisa sobre a robustez do próprio CMS, de forma a perceber quais as fragilidades mais comuns do Wordpress e como conferir maior protecção.
Usabilidade
Se os testes de funcionalidade são importantes para que a plataforma funcione para satisfazer os seus objectivos, só os testes de usabilidade garantem que esta os cumpra efectivamente, garantindo a sua eficácia e eficiência e levando à satisfação dos utilizadores.
A plataforma constitui uma espécie de rede social em que a contribuição dos utilizadores é fundamental para o seu dinamismo e crescimento, ou seja, tudo se centra no utilizador: User Centered Design.
Este aspecto reforça ainda mais a importãncia de testar a usabilidade desta vertente do projecto.
Para a realização do teste vamos ter em conta a norma ISO 9241-11 (extend to which a product can be used by specified users to achieve specified goals with effectiveness, efficiency and satisfaction in a specified context of use) que determina 3 atributos principais de especificação e avaliação de usabilidade: a eficácia, a eficiência e a satisfação, mediante um determinado público-alvo e num dado contexto específico.
Participantes
Segundo Virzi (1992) e Nielsen (2000) são apenas necessários 5 utilizadores para detectar 80% dos problemas de usabilidade, assim sendo, será este o número de participantes deste teste, preferencialmente 2 de um sexo, 3 do outro e com idades diferentes, tentando abranger ao máximo o nosso público-alvo (dos 18 aos 25)
Contexto
Tendo em conta que o contexto de utilização do computador e de acesso à plataforma não é particularmente específico, ou seja, pode ser em casa, numa sala de aula, num café, etc., será em ambiente não controlado.
No caso, será numa sala do departamento a definir.
Técnicas de teste
As técnicas de teste serão: Cognitive Walkthrough e Thinking Aloud.
No Cognitive Walktrough pretende-se que o utilizador siga um determinado conjunto de procedimentos definidos pelo grupo posteriormente, de forma a testar os principais módulos / funcionalidades da plataforma.
O guião de tarefas a pedir ao utilizador será posteriormente publicado no blog.
A técnica de Thinking Aloud funcionará como um complemento à técnica anterior. Durante a realização das tarefas, é pedido ao utilizador que exteriorize o que pensa e as dificuldades que encontra, de forma a percebermos quais as tarefas que causam mais perturbação ao utilizador.
Esta técnica pressupõe que o utilizador esteja a falar para algum elemento do grupo de forma a sentir-se mais a vontade a exteriorizar o que pensa, logo a observação processar-se-á de forma directa e participativa.
As técnicas de recolha de dados serão questionários, entregues após a realização dos testes, usando várias escalas que dependem do tipo de questão.
Os materiais necessários para o teste serão apenas: uma sala, um computador, o guião e o questionário.
Acessibilidade
Assim como a usabilidade, é importante aferir a acessibilidade da plataforma de forma a garantir que qualquer utilizador tenha a ela acesso e que consiga que ela desempenhe as funções para as quais foi desenhada.
É importante realçar que, para além das pessoas com necessidades especiais intrínsecas e permanetes (invisuais, daltónicos, etc), qualquer utilizador “comum” pode, em algum momento, apresentar igualmente necessidades especiais derivadas de cansaço, problema visual ou físico momentâneo.
Parâmetros a avaliar
Logo no momento da construção da plataforma, o grupo teve em atenção alguns aspectos fulcrais neste contexto da acessibilidade, nomeadamente:
- a capacidade de leitura a monocromático (preto e branco) para pessoas com dificuldades de leitura das cores;
- a substituição das imagens por texto caso algo ocorra na visualização das mesmas, e assim possível leitura por programas de varrimento;
- o não uso de botões como imagem, que não permitem a funcionalidade anteriormente descrita;
- a possibilidade de aumentar / diminuir o tamanho do texto;
- o fornecimento de um sistema de ajuda com FAQ (Frequently Asked Questions) e com contactos da equipa de desenvolvimento para outras questões;
Para complementar estes cuidados, o grupo vai recorrer a algumas normas específicas e ferramentas automáticas de avaliação da plataforma, conseguindo assim poupar precioso tempo na realização dos testes:
W3C CSS VALIDATION SERVICE (http://jigsaw.w3.org/css-validator/)
Esta ferramenta visa testar a norma CSS Techniques for Web Content Accessibility Guidelines 1.0, fundamental para avaliar mais a fundo algumas das questões visadas acima, como a dos contrastes.
W3C MARKUP VALIDATION SERVICE (http://validator.w3.org/)
Esta ferramenta diz respeito ao HTML da plataforma e às questões da construção, baseando-se na norma HTML Techniques for Web Content Accessibility Guidelines 1.0.
Agendamento dos testes